segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Bye Bye Brasil (Bye Bye Brasil) 1980

Uma caravana de cinco artistas viajam pelo interior do Brasil exibindo espetáculos numa tenda improvisada. O filme funciona no estilo de vinhetas ao analisar os muitos cenários e dificuldades que  o grupo encontra, além de fazer uma declaração muito forte sobre a pobreza e as dificuldades que as pessoas do interior enfrentam. A história é dirigida pelos personagens que são, em geral, amorais.  Reflectem o desespero das audiências que esperam silenciosamente o dia para se elevarem, mas nunca o fazem.
""Bye, Bye, Brasil" é sobre um país que está a acabar e a abrir caminho para outro que está a começar. Não sei exactamente o que está a começar nem o que está a acabar. Estou apenas a gravar esse momento único, essa linha divisória num grupo de pessoas, que, como qualquer um de nós, buscam o seu lugar, na nova ordem e na vida.". Carlos Diegues, um dos fundadores do Movimento do Cinema Novo, usou estas palavras para descrever o seu oitavo filme, no qual ele permaneceu fiel a um dos seus temas preferidos: a busca pela liberdade e o desejo pela maior felicidade. Tema este que já tinha sido explorado na sua bela trilogia sobre figuras históricas negras: "Ganga Zumba, Rei dos Palmares" (a sua primeira longa metragem, feita em 1963); Xica da Silva (1975), e, posteriormente, em "Quilombo" (1983). 
Com um elenco onde se destacavam alguns nomes do cinema e da televisão brasileira, como José Wilker, Betty Faria e Fábio Júnior, valeu a Carlos Diegues a sua primeira seleção para Cannes, tendo concorrido para ganhar a Palma de Ouro.

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