quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Raptus - O Diabólico Dr. Hichcock (L'orribile segreto del Dr. Hichcock) 1962
O ano é de 1885, e o necrófilo Dr. Hitchcock gosta de drogar a sua esposa para jogos sexuais funerários. Um dia, administra-lhe uma dose maior, e acidentalmente mata-a. Vários anos depois volta a casar, e regressa à sua antiga casa. Ao descobrir que a sua amada primeira esposa ainda está viva, mas prematuramente envelhecida, ele planeia usar o sangue sangue da sua nova esposa para rejuvenescê-la...
"Raptus", o título alternativo de " L'Orribile segreto del dottor Hichcock", de Riccardo Freda, é certamente um filme que vai atraír os seguidores do cinema virado para o macabro. Os visuais atmosféricos desta obra prima de Riccardo Freda, de alienação sexual e necrofilia, é um capítulo sem precedentes no campo da Idade de Ouro do Terror Italiano, que agarrou a indústria romana de 1956 a 1966.
Com várias referências para as influências literárias de Ann Radcliffe e o século 19, "L'Orribile segreto del dottor Hichcock", é um catálogo de repressões vitorianas, referentes ao desejo e à morte, ao casamento e à sepultura. O perverso comportamento do nosso herói, o Dr Bernard Hichcock (Robert Flemyng), resulta na criação de objectos-fetiche de desejo e morte, de cada uma das suas mulheres. O argumento retira inteiramente o Dr Hichcock das convenções morais, tal como os críticos surrealistas observam, sem racionalização narrativa das suas acções. A sequência do funeral no filme levou o crítico Raymond Durgnat a comentar sobre o quanto eficaz uma boa iluminação pode ser, capaz de dar a um filme de terror uma poesia visual única no cinema.
"L'Orribile segreto del dottor Hichcock" ficou completo em apenas 16 dias, em Abril de 1962. Freda, como famoso jogador, fez uma aposta de que poderia completar um filme de época em apenas 16 dias. A sexualidade submissa, e o misterioso subtexto foram em parte por causa do resultado de Freda em ler uma história de Ernesto Gastaldi, argumentando que não houve tempo em aprofundar as motivações dos personagens principais. O objecto de toda essa tensão sexual, é a raínha do gótico italiano, Barbara Steele. A sua reputação vem da série de filmes que ela representou na primeira metade da década de 60, quando Bava fez dela um ícone do fetichismo, em "La Maschera del Demonio"
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