Um assassino em série assassinando e mutilando jovens mulheres, geralmente prostitutas, anda a aterrorizar Nova Iorque nos anos 80, tal como Jack, o Estripador o tinha feito algumas décadas anteriormente, em Londres. O tenente da polícia Fred Williams está a seguir o caso e recebe ajuda do psiquiatra e professor universitário Paul Davis. Quando uma estudante sobrevive a um ataque do estripador as entrevistas com ela levam a um suspeito, uma figura sombria com a mão direita deformada. Mas será que é mesmo ele o assassino?
Tal como a maioria dos giallos desta era, testemunhamos os crimes do ponto de vista do assassino, sabendo muito pouco sobre a sua identidade, além de uma certa particularidade - o assassino gosta de falar como um pato. Também gosta de fazer telefonemas ameaçadores e fazer grasnidos como o Pato Donald enquanto faz o seu trabalho. É um dos aspectos mais estranhos do filme.
"O Estripador de Nova Iorque" funciona com qualquer típico filme de crime e mistério, mas com Lúcio Fulci ao leme já sabemos que podemos contar um estilo único e uma estética visual. Há uma mistura fascinante de terror clássico italiano dos anos 70, com algumas cenas absolutamente cheias de cor, e uns exteriores sujos de Nova Iorque que nos remetem a "Taxi Driver" ou aos primeiros filmes de Abel Ferrara. São dois estilos muito diferentes, cuja mistura satisfaz bastante o espectador.
O nível de violência, especificamente a violência sexualizada, causou uma grande agitação entre os censores, principalmente no Reino Unido, que provocou que o filme fosse banido em muitas salas e dificultou o seu lançamento em VHS. Também seria dos últimos grandes lançamentos de Fulci, que a partir daqui dedicar-se-ia sobretudo a filmes de baixo orçamento.
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