Documentário encomendado pela Rede Globo de Televisão para fazer parte de sua série, ainda existente, Globo Repórter, Olney São Paulo tomou a estrada em busca destas personagens erráticas para transformar em tema de seu mais novo filme. Aproveitando a oportunidade de ter dinheiro para filmar, fez mais que uma obra de reportagem para televisão, realizando dois cortes diferentes, um
para quem havia feito a encomenda e outro com sua própria visão sobre as personagens párias de seu filme, esta ultima enviada para diversos festivais de cinema.
O filme abre com um grupo de ciganos montados em jumentos, montando acampamento ao lado de estrada, seu lado marginal, uma identificação que pode ser logo encontrada em como Olney São Paulo aborda estas personagens, o cineasta independente correndo de um lado para outro para encontrar os temas de seus filmes e realizar seus registros, à margem do mundo das grandes produções – especialmente ao considerarmos seus status como documentarista, desde sempre visto como lado menor do cinema, adorador de dinheiro e maquinário “de última geração”. A simplicidade dos jumentos e a montagem de acampamento à beira de pista poderia ser o resumo de um cinema independente e – por que não? – de guerrilha, ainda que recebendo o suporte minoritário de gigante das comunicações, mas que não enxergava este “documentário” como uma peça merecedora de prioridades.
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