segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Mortalmente Perigosa (Gun Crazy) 1950


Logo depois de deixar o exército, Bart Tare (John Dall) vai com um amigo até uma festa. Lá ele conhece a mulher perfeita: Annie Laurie Starr (Peggy Cummins). Linda, destemida e exímia atiradora, a jovem é tão apaixonada por armas como ele e o casamento não tarda a acontecer. A parceria amorosa transforma-se também numa criminosa e os dois iniciam uma série de assaltos, chamando a atenção da polícia. 
Se tivéssemos de escolher um único filme para justificar todo o entusiasmo pelo film noir e o seu fascínio natural, poucos poderiam competir com "Gun Crazy". O mesmo vale para celebrar o potencial dos filmes de série B a alcançarem um toque de classe A, e inteligência artística que era fundamental. O filme explode descaradamente numa energia sexual quase animal que o torna único, mesmo num imaginário de filmes conhecido pela psicologia perversa. E alcança os seus objectivos com um orçamento muito limitado, através de duas estratégias que deviam chocar em vez de se revigorarem: a ousada estilização expressionista, com cenários minimalistas, e a adopção de movimentos de câmara que nos transportam para o mundo real, uma abordagem que se aproxima do realismo documental. 
A realização de "Gun Crazy" estava a cargo de Joseph h. Lewis, que tinha saltado do banco de montagem para a frente das câmaras, em westerns de série B, veículos para Bela Lugosi, e alguns noirs notáveis como eram o caso de "My Name is Julia Ross", e "The Big Combo".

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