quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

La Jetée (La Jetée) 1962

Viagens no tempo, fotos estáticas, o passado, o presente, e o futuro, e as consequências da Terceira Guerra Mundial. A história de um homem, prisioneiro, enviado para o passado, para encontrar uma solução para o destino do mundo. Para repor o seu decrescente stock de alimentos, remédios e energias, e ao fazê-lo, o que resulta é uma memória permanente de uma mulher solitária, a vida, a morte, e acontecimentos passados que são retratados num aeroporto.
Em 1962, Chris Marker, um documentarista francês, escreveu, realizou e fotografou uma curta experimental, La Jetée, uma alegoria de ficção ciêntifica/viagens no tempo. É composta por uma série de imagens estáticas, a preto e branco (uma a cores já no final do filme), acompanhadas por uma escassa narração. O filme de Marker, mais tarde, serviria de base para "12 Monkeys", de Terry Gilliam (e, em menor medida, para Terminator, de James Cameron). Mais de 50 anos depois, "La Jetée" continua a ser um filme evocativo, profundo e convincente para o cinéfilo explorar questões mais amplas relacionadas com a natureza e a função do cinema, para estetas interessados na complexidade temática, e até mesmo para o casual espectador que irá identificar-se com o protagonista sem nome, na busca pela memória perdida. 
"La Jetée" é passado num mundo reconhecível através de incontáveis histórias de ficção científica, um mundo devastado por uma guerra nuclear. Os últimos sobreviventes foram obrigados a viver na clandestinidade, a fim de evitar os efeitos da percipitação nuclear. Os sobreviventes estão divididos em dois grupos: os "vitoriosos", que controlam todos os escassos recursos existentes, e uma população aprisionada, totalmente dependente dos "vitoriosos" para ser alimentada. Mas a vitória, neste futuro, é insignificante, assim como os líderes desta sociedade underground parecem saber. A esperança não está na reconstrução de um mundo em ruínas, mas em viajar no tempo, para o futuro, onde os descendentes dos sobreviventes possam mandar material de primeiros socorros. Falhanço após falhanço os nossos viajantes acabam mortos ou loucos. Mas o nosso protagonista sem nome, irá ter sucesso onde os outros falharam, através da guerra e das suas desagradáveis consequências ele agarra-se a uma única memória, uma viagem de uma família ao Aeroporto de Paris, onde testemunham a morte de um estranho.

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