quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

101 Reykjavík (101 Reykjavík) 2000



Hlynur (Hilmir Snaer Gudnason) é o slacker para acabar com todos os slackers. 30 anos de idade, ainda a viver com a mãe, desempregado, o nosso anti-herói está prestes a mudar a sua vida com a chegada de uma bela professora de flamenco (Victoria Abril), que se vem a descobrir que é lésbica.
Embora a natureza da vida islandesa desempenhe um papel importante na estreia como realizador de Baltasar Kormakur (vimo-lo como protagonista de "A Ilha do Diabo"), esta é uma história que poderia ocorrer em qualquer país do mundo livre. Os filmes de slackers americanos são as primeiras influências que nós vêm à idéia, e de facto "101 Reykjavik" vai ali buscar muito conteúdo.
Não há romance, apesar de ser um filme sobre as relações entre homem e mulher, e o protagonista não é uma pessoa particularmente simpática. Existem motivações secundárias neste filme, que sugerem outros motivos ainda mais escuros: como numa sequência em que um jovem Hlynur fecha a porta a um pai bêbado, e sobe para cima da cama da mãe, que lhe vira as costas.
"101 Reykjavik" apresenta um retrato realista do que é a vida noutros sitios. Pelo menos duas coisas fazem valer a pena este filme: a cena de abertura, e a banda sonora. Esta tem a espectacular colaboração do ícone da música punk Einar Orn, membro dos The Sugarcubes, onde também pertenceu Bjork, e ainda do músico dos Blur, Damon Albarn. Mas toda a banda sonora vale a pena.
Foi dos filmes islandeses a conseguir mais sucesso, na virada do século. Passou em vários festivais, como Bogota, Buenos Aires, Chicago, Locarno, Tbilissi, entre outros.

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