Little Italy, cidade de Nova York. Charlie (Harvey Keitel) trabalha ao lado do tio, um mafioso respeitado, coletando pagamentos e realizando cobranças. Enfrenta o descontentamento da sua família, devido à relação que mantém com Teresa (Amy Robinson). Charlie, na verdade, não nasceu para o crime e deseja iniciar uma vida nova ao lado da namorada. Só que Johnny Boy (Robert De Niro), o seu melhor amigo, mete-o numa enrascada quando se recusa a pagar uma dívida de jogo.
O filme que trouxe para a ribalta Martin Scorsese. Um dos seus temas principais era que pagar pelos seus pecados não era no confessionário, era nas ruas. Enquanto que Francis F. Coppola transformaria o mundo dos mafiosos com os seus dois filmes da série "O Padrinho", Scorsese concentrava-se nos criminosos menores, com os que podiamos encontrar na nossa vizinhança, que atravessavam uma linha ténue entre ser respeitáveis e fazer um dinheiro extra pelas vias menos legais.
Crú, apaixonante e agressivo. Não era o primeiro filme de Scorsese, mas foi o primeiro em que ele teve rédea solta para trabalhar, com dinheiro suficiente, e também a primeira vez que trabalhava com aquele que viria a ser o seu actor preferido, Robert de Niro. Mas aqui, Keitel é Scorsese no ecrã, um jovem italo -americano que luta com responsabilidade por uma vida melhor.
Exibido na secção Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes de 1974. era um filme muito importante para a nova geração de realizadores americanos.
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