O gato Fritz, agora casado e com um filho, está desesperado para escapar do inferno doméstico em que se encontra. Depois de acender um cigarro de erva, começa a sonhar com as suas outras oito vidas, na esperança de encontrar uma que lhe proporcione uma distração agradável. As viagens que ele faz induzidas pela droga incluem: feitiços como astronauta, psiquiatra de Hitler, um mensageiro a viajar em território hostil durante uma guerra racial, e um aluno de um guru indiano que vive nos esgotos de Nova Iorque.
Fritz the Cat foi criado por Robert Crumb, que não foi creditado nesta sequela de um filme que ele odiava, realizado em 1972 por Ralph Bakshi. Este filme de Robert Taylor é muito mais obscuro do que o primeiro, e não foi realizado pelo mesmo realizador porque Bakshi quis seguir por um projecto diferente, e Taylor escreveu o filme com Fred Halliday e Eric Monte, aproveitando o sucesso do primeiro. Se o filme de Bakshi era uma viagem aos anos 60, esta sequela era outra viagem, mas aos anos setenta.
O primeiro filme era já um filme de culto, e uma vez que a sequela era produzida pelos mesmos produtores do primeiro, teve até honras de ser exibido em Cannes, na Seleção Oficial do festival. Gostos à parte, até se percebe a ira de Robert Bresson, pelo seu "Lancelot du Lac" ter ficado de fora da competição. Mesmo assim, não deixa de ser um filme curiso, e aqui está.
1 comentário:
Muit obrigado por compartilhar o filme e contar um pouco de sua história. Eu conhecia e já assisti, inclusive, o primeiro filme do Gato Fritz,mas deste que é a sequência, sabia muito pouuco.Abraço.
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