Numa aldeia isolada nas montanhas do Cazaquistão, Erken, um rapaz de 12 anos, vive com a mãe, uma bonita e sedutora mãe solteira. Uma noite, quando a mãe é visitada por um caçador, Erken rouba-lhe a arma e o cavalo para assaltar a loja. Procurado pela polícia, o jovem é encontrado pelo caçador, que lhe dá duas hipóteses: ser entregue à polícia ou ir viver com ele para as montanhas.
Regressando a um tema que lhe era familiar, que era a vida na aldeia, Serik Aprymov, oferece-nos uma interpretação cazaque sobre o que é a idade da adolescência, em "The Hunter" (2004). Com uma grande ênfase na música e na mitologia, Aprymov dá-nos tem aqui o seu filme mais ambicioso até então. Urbanização, aldeias e vida de nómades a colidirem na vida de um rapaz que luta para encontrar o seu caminho através deles. Como um todo, "The Hunter" testa os limites da chamada "nova vaga cazaque" e explora as influências culturais em volta da vida cazaque nas aldeias.
O retrato das mulheres neste filme reflecte um dos problemas maiores no cinema da Ásia Central deste período, onde os realizadores optaram por personagens vazias de estereótipos de género, em vez de personagens complexas. Enquanto que a mãe é uma personagem estática num estado de virtude perdida, sendo deixada inteiramente inexplorada no filme, o retrato do caçador é o de um predador sexual dinâmico.
Dos festivais onde passou, destaque para o de Locarno, onde ganhou dois prémios: o C.I.C.A.E. Award, e o Netpac Award.
Legendas em inglês.
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