domingo, 5 de fevereiro de 2017

The Thoughts That Once We Had (The Thoughts That Once We Had) 2015

Descrito num texto de abertura como "história pessoal do cinema, parcialmente inspirada por Gilles Deleuze", ”The Thoughts That Once We Had" é uma rica exploração de conceitos-chave centrais para a influente teorização histórica dos dois volumes do filósofo francês. Um filme de found-footage composto inteiramente de clips de filmes não identificados, muitas vezes reconhecíveis, e de legendagens concisas escritas por Andersen, "The Thoughts That Once We Had" saltam associativamente, como Deleuze, através de um vasto território, que vai desde Griffith a Godard, usando dinamicamente imagens cinematográficas não para serem explicadas, mas para incorporar as ideias Deleuzianas em toda a sua rica ambiguidade e nuances. Andersen surpreendentemente evita a sua voiceover, que já era assinatura.
Alguns dos momentos mais poderosos em "The Thoughts That Once We Had" são declarações pessoais que aparecem legendadas e que rompem com temas claramente Deleuzianos, o mais impressionante para dar ressonância emocional a imagens de guerra e destruição, Coreia do Norte e Hiroshima, com Andersen a certa altura, a interrogar e expandir o universo de "Hiroshima Mon Amour". São momentos que pedem ao espectador que reconsidere as tragédias históricas da era do cinema com "imagens em movimento", em todos os sentidos do termo. Como Deleuze, a cinefilia infecciosa de Andersen é um amor pelo cinema - uma vida no cinema - e está fundamentada numa compreensão ética e filosófica do filme que descreve uma trajectória clara em todos os seus principais filmes.

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