Desaparecido em Combate (Missing in Action) 1984
O coronel das Forças Especiais James Braddock precisa de trazer de volta soldados norte-americanos que ainda estão a ser mantidos como prisioneiros no Vietname. Contando com a ajuda da funcionária do Departamento de Estado e de um ex-colega do Exército, Braddock reúne informações altamente confidenciais e armamento da última geração. Braddock forma então um exército de um homem só, disposto a invadir o Vietname para localizar e salvar os seus restantes companheiros desaparecidos em combate.
Um dos filmes de acção mais famosos dos anos oitenta, que originou uma vaga de filmes revisionistas sobre a Guerra do Vietname. O argumento de James Bruner é tipicamente tão anticomunista que faria Ronald Regan orgulhoso. A questão de soldados americanos ilegalmente mantidos no Vietname e do campo minado da diplomacia burocrática já tinha sido explorada com algum efeito em "Uncommon Valor" (1983). Mas onde "Uncommon Valor" procura desenvolver as personagens, motivações, e o estado emocional, "Missing in Action", como veículo promocional de Norris, opta por todos os tipos de acção. A odisseia do coronel James Braddock chegou aos cinemas pouco antes do seu copycat, "Rambo: First Blood Part II" (1985).
Com um modesto orçamento de 2,5 milhões de dólares (ao contrário de "Rambo: First Blood Part II", que tinha um orçamento de 44 milhões) o realizador Joseph Zito consegue fazer milagres. Ele foi, sem dúvida, prejudicado pela estratégia económica da Canon Films, mas era extremamente eficiente a trabalhar com baixos orçamentos, já tinha sido assim com "The Prowler" (1981) e "Friday the 13th: The Final Chapter" (1984), dois interessantes filmes de terror. "Mission in Action" foi uma das entradas mais importantes nos filmes dos anos 80 transbordantes em testosterona e machismo. Podem ler mais sobre ele, aqui.
Invasão EUA (Invasion U.S.A.) 1985
Mikhail Rostov (o eterno vilão Richard Lynch) é um terrorista russo que resolve, literalmente, invadir os Estados Unidos. Junta uma quadrilha de mercenários e terroristas de todo o mundo, liderados por ele e pelo seu braço direito, Nikko (Alexander Zale), e entram facilmente no território americano, iniciando uma série de atentados e assassinatos que seria o início da auto-proclamada "Invasão dos Estados Unidos". O plano de Rostov é jogar os próprios americanos uns contra os outros e fazer ruir a democracia americana. E só há uma pessoa capaz de o deter: Matt Hunter (Chuck Norris).
Apesar da sua longa associação com Charles Bronson, e a sua curta colaboração com Sylvester Stallone e Jean-Claude Van Damme, Chuck Norris era, inquestionavelmente a jóia da coroa da Canon Films desde meados dos anos 80 até ao início dos anos 90. Era uma estrela internacional que não ligava a nomes, nem se importava com argumentos, desde que tivesse hipóteses de dar uns tiros e pontapés. Em "Invasion USA" ele escreveu o argumento em conjunto com James Bruner, a partir de uma história do seu próprio irmão, Aaron Norris, ´que tinha trabalhado como duplo em vários filmes do seu próprio irmão. Joseph Zito era de novo o realizador, depois de "Desaparecido em Combate".
Força Delta (Delta Force) 1986
Quando um avião norte-americano de passageiros é sequestrado e levado para Beirute, o Presidente chama a Força Delta - uma equipa de ataque comandada pelo Coronel Nick Alexander (Lee Marvin) e o Major Scott McCoy (Chuck Norris). Enfrentando todas as adversidades, os homens invadem o esconderijo e - sem levar nenhum prisioneiro - resgatam os reféns. Mas a missão ainda não acabou. Alguns passageiros remanescentes estão a ser "escoltados" a Teerão, o que dá início a uma corrida contra o tempo à medida que Alexander e McCoy tentam salvá-los e vingar a honra da América, antes que seja tarde demais.
Vagamente baseado num sequestro do voo 847 da TWA, é um filme muito parecido com os blockbusters da série "Aeroporto". Introduz-nos a um número elevado de personagens (na forma típica dos filmes da série "Aeroporto", como Martin Balsam, Joey Bishop, Shelley Winters, Lainie Kazan, ou George Kennedy), antes de serem todos empurrados para um avião comercial em Nova Iorque, e serem raptados por dois terroristas libaneses (Robert Forster, David Menachem) que protestam a existência de Israel. A mais estranha e impressionante coisa sobre o filme, é o balanço entre heróis e vilões. Em vez do heroísmo exagerado esperado o realizador/ produtor/ co-argumentista Menahem Golan (ele próprio um israelita), permite que a Força Delta faça algumas coisas más, e os terroristas façam algumas coisas boas. Não era exactamente um filme com o preto no branco, como era habitual na tarifa da Canon.
O elenco era recheado de estrelas, e para além das faladas em cima contava ainda com: Hanna Schygulla, Susan Strasberg, Bo Svenson, Robert Vaughn, Kevin Dillon, e Liam Neeson.
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