quinta-feira, 7 de abril de 2016

Roads to Koktebel (Koktebel) 2003

A falta de afecto na relação entre pai e filho intensifica-se quando os dois tem uma longa jornada pela frente. Deixam Moscovo quando a mãe do jovem morre. O pai, recém-curado do alcoolismo, resolve mudar-se com o rapaz para a cidade de Koktebel, onde a sua irmã prometeu ajudar na criação do jovem. Mas até Kotebel eles enfrentarão muitas dificuldades, motivadas também pela pouca intimidade entre pai e filho.
Um "road movie" que se desenvolve dramaticamente contido, misterioso e profundamente observador. Explora a frágil relação entre um pai e um filho, e está cheio de longos silêncios e takes longos da triste e impressionante paisagem russa. É o auspicioso filme de estreia de dois realizadores, Boris Khlebnikov e Alexei Popogrebsky.
Os dois realizadores e argumentistas criam o filme com muito cuidado, reduzindo o diálogo ao mínimo, e enquadram cada sequência como se de um quadro se tratasse, mesmo que a paisagem seja sombria. Os flashes de calor entre pai e filho são um sério contraste paisagem que ambos estão a atravessar. Num estado de desespero preocupamo-nos com o pai, que algo pode acontecer a qualquer momento. Cada etapa nesta viagem está carregada de significado e poesia, que provavelmente ficam perdidas quando se trata de um público ocidental.
Além de ser um clássico "road movie", é também um "buddie movie", focando-se nos laços entre os companheiros de viagem, e esquecendo diferenças insignificantes, como a idade e a experiência, assim como as suas vidas juntos têm obscurecido a distinção entre adulto e criança.
Khlebnikov e Popogrebsky, seguiram carreiras diferentes, com Popogrebsky a conseguir maior sucesso. Ainda veremos outro filme seu neste ciclo.

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