segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lucky, el Intrépido (Lucky, el Intrépido) 1967



Um agente secreto americano é enviado para a Europa para rastrear um grupo de falsificadores. A sua investigação leva-o de Roma para a Albânia, onde ele se envolve com uma comissária da polícia albanesa sexy.
Filme que surge depois do sucesso dos filmes de James Bond, e de um influxo de imitações que se seguiram por toda a década de 1960. Visualmente tem tanto de James Bond como dos fumetti (quadrinhos italianos). "Lucky, el Intrépido" foi dirigido por Jess Franco e estilisticamente não apresenta os elementos que seriam de esperar de um filme deste realizador. Parece ter sido feito por um realizador tarefeiro, mas isso não quer dizer que seja totalmente desprovido dos toques de Franco. uma grande quantidade de humor neste filme que é, inegavelmente, de Jess Franco.
O enredo apresenta muitos vilões coloridos e uma coleção de belas mulheres. Algumas das coisas que acontecem ao longo do filme podem parecer piegas, mas esta pode ser a intenção do realizador. As sequências de acção são interessantes, mas poderiam ter sido mais convincentes. "Lucky, el Intrépido" falha como filme, se o virmos apenas como um típico filme de espionagem. O seu charme vem da abordagem irreverente ao mundo da espionagem. 
No papel principal temos Ray Danton, um actor que anteriormente já tinha interpretado filmes de espionagem como "The Spy Who Went into Hell" e "Secret Agent Super Dragon". Duas coisas interessantes sobre o personagem do título são as habilidades de multilinguagem e como ele é reconhecido por todos que encontra, mesmo quando disfarçado. Ray Danton interpreta como se fosse um boneco de madeira e, o melhor que consegue dar ao filme deve-se, provavelmente, à direção de Franco. Interpretações deste tipo não eram novidade em muitas co-produções feitas nos anos 60, já que a maioria, se não todos os actores, eram dobrados.  
Num papel menor, mas ainda assim inesquecível, temos a actriz Rosalba Neri cuja personagem é Yaka uma general albanesa. Neri tem apenas um punhado de cenas, incluindo a cena mais memorável do filme, que marcaria a primeira colaboração desta actriz com Franco, assim como a banda sonora de Bruno Nicolai. Nicolai tem aqui mais uma composição memorável que figura entre os seus melhores trabalhos. 
Filme bastante raro, não tem legendas e é dobrado em inglês.

Critica do theresomethingouthere aqui.

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