O primeiro grande filme anti-guerra na era do som, feito apenas 12 anos depois do final da Primeira Guerra Mundial, é baseado num livro de Erich Maria Remarque com o mesmo nome, cujas experiências como jovem soldado alemão na Grande Guerra são retratadas através do personagem principal, Paul Baumer. O livro começa com os jovens já em guerra, com flashbacks das suas adolescências e dias que antecipavam a guerra, mas o filme apresenta as suas vidas de uma forma cronológica através de uma série de sequências que retratam a natureza sem sentido da guerra sob o ponto de vista destes jovens nas trincheiras alemãs. Contrariamente à visão romantizada da guerra na altura, os jovens soldados não encontram glória no campo de batalha, apenas morte de desilusão.
Muito clamado criticamente e um sucesso de bilheteira desde a sua primeira estreia, é ainda hoje considerado um dos maiores filmes anti-guerra, apesar da ausência de efeitos especiais de que as audiências contemporâneas esperariam. Apesar de conter alguns momentos cómicos e de quatro dos jovens terem algumas experiências amorosas com camponesas francesas, o foco está nos horrores da guerra, e na perda de esperança que os recrutas vão sentindo à medida que a guerra avança.
O coronel Jason S. Joy do SRC descreveu o filme como "ousado e cheio de veracidade". Para evitar do que ele chamava de "preocupações mesquinhas e insignificantes" dos conselhos de censura locais, tentou obter apoio para o filme nos Estados Unidos antecipadamente, através de vários grupos, mas sem grande sucesso. Os censores estavam preocupados com uma cena de homens despidos a banharem-se num rio, "dando cambalhotas e expondo-se indevidamente", e exigiram que essa cena fosse cortada do filme.
O filme foi depois revisto para a SRC com uma audiência prévia, onde se prestou atenção, sobretudo, à reação da audiência a duas cenas. Numa dessas cenas o personagem principal, e dois soldados, levam comida para casa de três raparigas francesas e passam a noite. Embora nenhuma actividade sexual seja mostrada ou falada a cena termina com a sombra de Paul e uma das raparigas projectada no que seria a parede de um quarto. Passou nos censores, mas no Ohio não foi aprovado, e a Universal Pictures foi obrigada a cortar o filme para passar só naquele estado. Em 1938 o filme teve um relançamento, os censores eram mais apertados, e o PCA ordenou que tanto esta última cena como a dos soldados a banharem-se no rio fossem cortadas dos negativos originais, ou não obteriam selo para ser exibido. Por outro lado, foram adicionadas cenas para dar uma forte mensagem anti-nazi.