terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Até o Vento tem Medo (Hasta el Viento tiene Miedo) 1968

Num rigoroso colégio interno feminino, jovens são forçadas a passar as férias de verão nas dependências da escola como punição por terem entrado numa torre abandonada proibida aos alunos. Com o passar dos dias, elas começam a suspeitar que o edifício é habitado pelo fantasma de uma aluna que cometeu suicídio ao passar por um castigo similar no passado.
Produção de baixo orçamento realizada em 1968 (e que, portanto, comemora cinco décadas de lançamento este ano), Até o Vento Tem Medo é um exemplar típico do cinema de terror realizado no México, e que teve a sua fase áurea nas décadas de 60 e 70. O cinema de terror mexicano, embora goze de grande prestígio entre os fãs do género, é quase desconhecido no Brasil e em Portugal. 
O abandono e o amor perdido parecem ser os temas principais do filme, com apenas Kitty a encontrar o amor nos limites reestritos da escola. O próprio vento desempenha um papel importante e é ao mesmo tempo ameaçador e um mau presságio, funcionando como um aviso para as jovens não irem bisbilhotar à noite. Inclui cenas como "rostos contra as janelas", e vozes a chorar à noite, incluindo aqui ecos de filmes como "The Innocents" (61) e ‘The Uninvited’ (44), com acenos a "Les Diaboliques" (55), com a directora a mostrar traços idênticos ao dos directores dos filmes de terror clássico.
Filme escolhido pelo Fernando Fonseca.

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