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O que impede duas pessoas de estarem juntas? Uma pessoa a mais. O que impede uma pessoa de lutar por outra? Nada!
Pedro vive na periferia, onde trabalha na oficina do seu pai. Diáriamente desloca-se ao centro da cidade onde estuda e encontra o seu grupo de amigos que por alturas do verão, desce até ao rio e aí passam as tardes, os tempos livres ou o tempo de aulas. Entre charros, passeios de mota e mergulhos, tudo parece correr bem neste grupo, até que Pedro e o Amigo começam a disputar a mesma rapariga. Pedro é lançado numa espiral descendente, onde tudo à sua volta se parece desmoronar. Como o iman atrai a limalha, parece Pedro atrair os problemas, desde a escola até à relação com os pais.
"António Ferreira filma o desamparo da adolescência num registo minimalista que privilegia a sedução epidérmica do corpo submerso. Há um olhar inegavelmente sensual que se derrama sobre os corpos dos actores e que, de alguma forma, acentua o abandono que é condição da estação etária.
E, depois, o fascínio de ver Coimbra filmada do lado errado do bilhete-postal, assumida como cenário de uma urbanidade hodierna.
Há, ainda, um domínio dos elementos fílmicos absolutamente irrepreensível: a direcção de actores é rigorosa, a fotografia é quente e limp
a como um dia de verão, a música serve na perfeição a narrativa, o tempo é sincopado e elíptico.
Mas, retomando, o que nos prende os olhos é o que fascina o realizador: a fisicalidade de um actor, Alexandre Pinto, que, na tradição dos grandes actores do corpo, quanto mais se oferece mais nos arrebata".
Média-metragem premiada em Cannes.
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