Um estudante radical é adoptado por um grupo de jovens nova-iorquinos e altera os seus egos e as suas vidas. Num apartamento sofisticado de Manhattan, o grupo de amigos discute mobilidade social e socialismo e joga cartas - até que um homem se junta a eles com opiniões críticas sobre o modo de vida dos ricos.
Whit Stillman foi uma voz distinta na cena do cinema independente americano no início dos anos 90, com as suas alusões ás comédias de Jane Austen e Oscar Wilde, assumindo uma dimensão fascinante à luz dos seus cenários e sensibilidades modernas. Como muitos outros realizadores independentes emergentes na época, ele tendia a concentra-se nos jovens e nos seus diálogos, mas os seus personagens não eram preguiçosos como os de Kevin Smith ou Richard Linklater, mas sim jovens bem sucedidos à beira da idade adulta, com todas as suas neuroses.
A sua sensibilidade é mais bem demonstrada no filme de estreia, "Metropolitan", que foi feito com um orçamento de apenas 200 mil dólares, e filmado em Super 16 mm. Os personagens são todos caloiros da faculdade de Manhathan, da "alta burguesia urbana", como diz um personagem mais letrado do filme. A acção passa-se ao longo de um período de algumas semanas conhecido como "debutante season", onde os adolescentes se vestem noite após noite com smokings, e participam em danças e encontros formais, embora nunca vejamos nenhum desses encontros. Em vez disso, Stillman concentra-se no antes e depois das festas, o que lhe permite a uma janela mais focada no seu mundo.
O diálogo é bastante alfabetizado e erudito. Na verdade é tão inteligente, e obviamente planeado que dificilmente acreditaríamos que, embora fossem da classe alta, falariam assin. No entanto, isso nunca diminui o realismo como seres humanos tridimensionais porque o ritmo e a cadência das suas palavras e discussões ganham vida própria que transcende a simples verossimilhança .
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