Cinco estranhos juntam-se para o que pensavam ser o crime perfeito, no entanto, quando este assalto não corre como esperado, Mr. Pink, Mr. White, Mr. Blue, Mr. Orange e Mr. Blonde começam a duvidar uns dos outros e tentam descobrir qual dos cinco é, na verdade, um informador da polícia.
"Reservoir Dogs" é a longa-metragem de estreia extremamente confiante do realizador e argumentista Quentin Tarantino, e, assim como o seu sucessor, "Pulp Fiction" (não veremos neste ciclo), gerou um tipo de hype difícil de explicar, mas que continua tão chocante, perversamente engraçado e estiloso como na altura da estreia, quase 30 anos depois. Ganhou a reputação de ser um filme violento mas a sua visualização revela uma verdade diferente.
A história é a do assalto que corre mal, que não era nenhuma novidade no mundo do cinema, mas este caso era diferente. Não vemos o roubo, vemos a evolução, Joe a reunir a equipa, a dar-lhes nomes disfarçados, cada tem o nome de uma cor. E depois vemos as consequências, depois de tudo dar errado, mas não vemos o assalto em si. O talento de Tarantino para o diálogo é o que catapulta o filme para o clássico instantâneo. Faz-se rodear de um elenco fantástico: Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Steve Buscemi, Chris Penn, Lawrence Tierney, ele próprio, e deixa-os falar. Tipos normais a terem conversas normais, mas eles não têm nada de normal, são assassinos que costumam atirar primeiro e perguntar depois, o que ainda torna o filme mais interessante.
Estreou no festival de Sundance de 1992, logo no início do ano. Durante esse ano precorreu inúmeros festivais, tendo finalmente estreado nas salas americanas em Outubro. A Portugal só chegaria em Maio do ano seguinte, e ao Brasil em Junho.
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