quarta-feira, 28 de março de 2018

A Casa da Praça Trubnaya (Dom na Trubnoy) 1928

A acção passa-se em Moscovo no auge da Nova Política Económica. O pequeno burguês vive uma vida agitada na famosa Praça Trubnaya. Um dos inquilinos, Mr. Golikov (Vladimir Fogel), dono de um salão de cabeleireiro, procura uma empregada que seja modesta, trabalhadora e não sindicalizada. Uma rapariga que parece ser a indicada para o lugar é uma camponesa de alcunha Paranya, nome completo Praskovya Pitunova (Vera Maretskaya). Mas depressa chega a notícia que Praskovya Pitunova foi eleita deputada pelo sindicato das empregadas domésticas.
O argumento escrito por Bella Zorich estava há muito tempo nos estúdios Mezhrabpom-Rus sem ser levado ao cinema. Tinha sido escrito para Sergei Komarov, mas depois de discussão ficou decidido que seria Boris Barnet a adaptar o filme. Zorich queria que a história da nova Cinderella, Paranya Pitunova, fosse suposto mostrar o slogan "todo o cozinheiro deve aprender a governar o Estado" era interpretado de má forma por todos os filistinos. No entanto, quando Barnet começou a trabalhar no filme, começou logo a modificar o argumento, que passou por uma infinidade de autores, como Viktor Shklovsky, Nikolai Erdman, Anatoli Marienhof, Vadim Shershenevich. O produto final acabou por perder muito do seu tom satírico.
O resultado seria um esboço de carácter observador, essencialmente amoroso, de uma comunidade que parece nunca parar para recuperar o fôlego. A Casa na Praça Trubnaya mistura sátira perceptiva (incluindo algumas farpas anti-democráticas bem colocadas) com surpresas cinematográficas (do surrealismo ao stop-motion) e burlescas de outros estilos soviéticos (Eisenstein e as suas multidões, e Vertov).  

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