sexta-feira, 10 de março de 2017

Os Amantes do Círculo Polar (Los amantes del Círculo Polar) 1998

O Destino não pode ser negado. Otto e Anna ainda são míudos quando se conhecem… Encontram-se por acaso, relacionam-se por acaso, numa história de vidas circulares, com nomes circulares e um local "circular"(o Círculo Polar). Neste local o sítio o dia jamais acaba ao sol da meia-noite, á semelhança de outras coisas que não mais acabam, como o Amor! 
Julio Medem cria uma história assombrosamente bonita e intensamente atmosférica sobre o destino e a perdição, em "Os Amantes do Círculo Polar". Semelhante a "A Dupla Vida de Verónica", e "Vermelho", de Krzysztof Kieslowski, na medida em que expõe os seus temas
circulares e padrões recorrentes. Além da história se desdobrar numa narrativa circular, os eventos específicos também se repetem dentro da narrativa do filme, contadas a partir de perspectivas diferentes, por Ana e Otto. Episodicamente o filme começa e termina com a imagem de Otto reflectida nos olhos de Ana. Os seus nomes palindrómicos e os encontros com o honónimo de Otto, Otto Midelman (Joost Siedhoff), refletem ainda a estrutura circular do filme. No monólogo de abertura de Ana, ela pergunta: "Podes correr de volta? Algumas horas atrás, uma vida de volta?".
Na terra do sol da meia-noite, na surrealidade do Circulo Ártico, ainda não se está longe o suficiente para escapar do destino Se o coração é um caçador solitário, também circula em todas as direcções. Uma vez crescido e atirado fora através de todo o tipo de trauma emocional, Otto e Ana procuram um pelo outro. É uma jornada fascinante, cheia de ironia e discernimento, levando à noite do ano em que o sol nunca se põe.
 
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