Para executar um milionário roubo, um homem (Peter Sellers) faz-se passar por um realizador de cinema numa vila no interior de Itália, onde a produção de um filme é mero pretexto para a execução do plano.
Uma reunião improvável do realizador italiano de cinema neorealista Vittorio de Sica e do dramaturgo americano Neil Simon, resultou nesta paródia desigual, mas com momentos hilariantes, num filme de assalto. Peter Sellers tem uma interpretação tipicamente estelar no papel principal, interpretando um homem tão autoconfiante nas suas habilidades como um ladrão de classe mundial que prevê abertamente a sua própria capacidade de escapar da prisão caso seja apanhado. Mas o filme acaba por ser roubado por um improvável Victor Mature, no papel de um convencido actor. Longe dos seus tempos áureos, o actor já andava meio arredado do mundo do cinema, e tem aqui um óptimo renascimento. O filme incluía ainda Britt Ekland, Martin Balsam e Akim Tamiroff à frente de um elenco maioritariamente italiano.
Curiosamente, De Sica traz-nos uma visão amarga de como a industria cinematográfica explora não apenas os actores, mas as pessoas comuns que se deslumbram com o mundo do cinema.
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