Em 2008 Wakatsu lançou "United Red Army", a história da criação de grupo revolucionário armado ultra-esquerdista em 1970, e a sua implosão dois anos depois. O filme foi um trabalho de amor e dedicação de Wakamatsu, que hipotecou a sua própria casa para financiar o filme, e a explodiu para uma cena em particular, já que ele e o seu argumentista habitual Masao Adachi eram activamente envolvidos nos movimentos estudantis clandestinos e nas organizações de esquerda que deram origem ao Exército Vermelho Unido em Julho de 1971. Foi neste ano que os dois homens se encontraram com duas das fundadoras do grupo, Fusako Shigenobu e Mieko Toyama, na Palestina, onde estas mulheres trabalhavam como voluntárias na Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP). Para marcar a ocasião Wakamatsu e Adachi criaram um filme de notícias para a criação do Exército Vermelho, este "The Red Army/PFLP: Declaration of World War".
Foi um marco no cinema como activismo, o cinema como movimento no cinema japonês, e um filme que retratava as actividades quotidianas dos guerrilheiros árabes como uma narrativa cinematográfica da revolução mundial. O filme foi concebido como uma nova forma de reportagem, e foi discutido em sincronicidade com o grupo Dziga Vertov de JL Godard e os filmes revolucionários da América Latina, transcendendo distâncias geográficas. Foi uma obra bastante importante no sentido de que foi a personificação da colaboração entre cineastas japoneses e palestinos daquela época, e também um documento histórico da Palestina, onde os seus constantes bombardeamentos dificultavam aos palestinos possuírem os seus próprios filmes.
Legendas em Inglês.
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