domingo, 12 de julho de 2020

El Buen Amor (El Buen Amor) 1963

Dois jovens estudantes universitários decidem passar o dia em Toledo, a fim de esquecerem um pouco da rotina em que estão. Às nove da manhã José Luis espera na estação de Atocha pela sua namorada, Mari Carmen. O dia é eterno e a permanência na cidade, em vez de surpreendê-los, como esperavam, mergulha-os ainda mais na monotonia em que viviam, mas que também os irá ajudar a se conhecerem melhor.
Um filme seminal, mas poucas vezes visto, no desenvolvimento do Novo Cinema Espanhol dos anos sessenta, tem uma qualidade quase episódica, que faz dele um contraponto curioso à atmosfera de repressão silenciosa que se fazia sob o domínio de Franco. Dois estudantes universitários de Madrid, aborrecidos com a sua vida da cidade e ansiosos por se conhecerem melhor, partem para o interior, acabando por ir parar a Toledo. A jornada parece ser uma "declaração de independência pessoal", mas encontros casuais com personagens e situações de Madrid, surgem continuamente.
Ao contrário da geração anterior do cinema espanhol (Bardem, Berlanga) "El Buen Amor" evita as contradições mais flagrantes da era Franco em Espanha, por uma abordagem que, em vez disso, discretamente aponta os efeitos mais ruinosos do "fascismo quotidiano" sobre os personagens tão simpáticos. Filme de estreia de Francisco Regueiro, com honras de exibição no festival de Cannes de 1963.
Legendas em inglês.

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