terça-feira, 7 de julho de 2020

Dia dos Mortos (Dia de Muertos) 1960

Primeira curta-metragem documental dirigida por Joaquín Jordà, em colaboração com Julian Marcos. Filmado a preto e branco, descreve um dia inteiro do Dia de los Muertos, desde a primeira luz da manhã, até ao relógio soar as 12 badaladas. Os primeiros planos da curta correspondem a uma Madrid à noite, e rapidamente chegam os sinais de um despertar, com autocarros vazios a circularem, e também um comboio, igualmente vazio, a saír de uma estação e a entrar num túnel. 
Embora o seu nome seja mais conhecido em Barcelona, Joaquim Jordá iniciou a sua carreira no final dos anos 50 em Madrid, no ambito que mais tarde seria conhecido como o Novo Cinema Espanhol. "O Dia dos Mortos" seria financiado pela UNINCI, uma produtora vinculada ao Partido Comunista Espanhol, do qual o próprio realizador fazia parte, uma produtora que também viria a financiar, por exemplo, "Viridiana", de Buñuel e "Bienvenido Mr. Marshall". Jordá em breve partiria para Barcelona, onde viria a ser um dos nomes mais importantes da chamada Escola de Barcelona".
O documentário era para ser mais longo, mas a censura também apertou aqui, e obrigou a cortar alguns planos, tendo a policia interrompido as filmagens. A censura considerou-o um "documentário nauseabundo". Fernando Rey e Laly Soldevila são os narradores. 
Não tem legendas.

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