segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Lorna the Exorcist (Les Possédées du Diable) 1974
O grande sucesso de "O Exorcista" colocou as cabeças dos produtores a girar um pouco por todo o mundo, e o resultado foi uma série de filmes sobre possessão e exorcismo a chegarem de todos os cantos do globo. E foi sem grande surpresa que atraíu um dos nomes mais famosos do género de terror da altura. Estou a falar, é claro, de Jess Franco, o homem com cerca de 200 filmes creditados aos seus vários pseudónimos. Dependendo da sua sensibilidade, e eroticidade, Franco chegou a este sub-género, e assim realizou " Lorna, the Exorcist".
Patrick Mariel (Guy Delorme) é um empresário de sucesso cuja filha, Linda (Lina Romay), está prestes a comemorar mais um aniversário. Para a ocasião, a família vai de férias e logo é interrompida por telefonemas de uma mulher misteriosa. Ela é a Lorna (Pamela Stanford), que na verdade é uma espécie de feiticeira que Patrick conheceu anos atrás, e com quem ele fez um acordo que resultou em toda a sua fortuna. Em troca, Lorna veria a sua filha nascer quando tivesse 18 anos de idade. É claro que Linda está agora a fazer dezoito e Lorna voltou para fazer Patrick manter a sua parte do acordo.
É tentador descrever Lorna como o filme definitivo para vermos ao olhar por cima do ombro. É uma obra suja, encardida, peça profundamente perturbadora que seria duramente recomendada para quem quissesse compartilhar a experiência com qualquer um dos mais aventureiros dos cinéfilos. Como em muitos filmes de Franco, evita a forma de artesanato convencional em favor de uma abordagem de improvisação mais áspera. O filme é muitas vezes grosseiro, ou mesmo amador. Alguma da montagem é chocante, cenas, que por vezes, se arrastam por muito mais tempo do que o necessário, a iluminação é típica do que se poderia encontrar num filme de sexo barato ... mas apesar de tudo isso, o filme funciona. Há um senso genuíno no filme, como se Franco estivesse a usá-lo para explorar as suas neuroses mais profundas na esperança de exorcizar-las para o bem. O resultado final é difícil de descrever. Só mesmo visto.
Franco iria continuar a explorar a ligação entre o erotismo e o terror em muitos mais filmes, mas poucas vezes conseguiu levas as coisas tão longe, como aqui. Desde a sua abertura, a fantasia sexual prolongada ao lamento final da dor, Lorna the Exorcist é um dos filmes mais perturbadores já feitos por Franco.
Critica do theresomethingouthere aqui.
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