domingo, 1 de janeiro de 2017

Douglas Sirk em Março no M2TM

"Eu tinha vagamente ouvido falar de um cineasta alemão que fugiu do regime nazi e se radicou nos EUA no final dos anos 30. Tinha lido qualquer coisa sobre o facto de nos anos 50 ter feito melodramas populares que foram sucessos de bilheteira, mas não demoveram os críticos mais empedernidos e exigentes. Não liguei muito a isso. De facto, o melodrama nunca foi um género que me entusiasmasse particularmente. 

Um dia, depois de ver o Far From Heaven de Todd Haynes, li uma entrevista em que o cineasta americano se referia a Douglas Sirk e particularmente ao filme All That Heaven Allows (Tudo O Que o Céu Permite). A argumentação de Haynes era de tal modo apelativa e encomiástica relativamente ao génio de Sirk, que não resisti e fui tentar perceber os motivos de tanta admiração. Tive a sorte de começar pela obra prima do melodrama social, Imitação de Vida. e desde aí nunca mais parei." 



É desta forma começará o ciclo, em Março, dedicado ao grande Douglas Sirk. Mais uma vez com a colaboração do professor Jorge Saraiva na parte dos textos.
Aqui o blog tem agora uns dias de descanso, e continua na quinta.

2 comentários:

  1. Bom dia Chico, só para acrescentar o seguinte, tenho praticamente a filmografia deste senhor, 1 Boxe que comprei na FNAC, e outros que busquei na Net, digo-te que em boa hora enunciaste algo que sinceramente e dizes bem é um autêntico "Lacrimogéneo" mas por vezes as histórias, por alguma lágrima no canto do olho leva-nos à tal realidade dura e crua de vidas subjugadas e dramas que nós não gostamos de olhar de frente, mas acabamos por olhar de soslaio, e por que só acontece no cinema? julgo que não.O mais interessante é que este influenciou outros na arte do melodrama.
    Finalmente dizer-te o Douglas Sirk, como já referenciaste e bem é um dos maiores dramaturgos da 7.ª Arte, e sabes muito bem que este tem outros filmes que sai do género melodramas, que são excelentes, e que realmente fui apanhado de surpresa com a Imitação da Vida, ... aquela parte final...a banda sonora, é de caixão à cova, o papel da grande Diva, Lana Turner e o papel da Juanita Moore, indicada ao Óscar como Atriz Coadjuvante bem como a Susan Khoner, já em plano ascendente a Sandra Dee e do outro monstro :) John Gavin. Vou pedir-te uma atenção especial a outro caso idêntico a Douglas Sirk. Gostaria que dês uma olhadinha neste link de uma opinião que deixei já algum tempo num outro espaço, sobre um outro filme de outro realizador, David Lowell Rich https://plus.google.com/104657961605167000295/posts/PFQjohyg89v . Estarei atento a esse trabalho que vais iniciar sobre o Douglas. Um Abraço

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  2. Obrigado JMAbreu. Não conheço quase nada de David Lowell Rich, mas vou investigar. E quem sabe ainda faço um ciclo :)
    Obrigado pela sugestão.

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