O “Jornal do Fundão“, os “Encontros Cinematográficos”, o “Lucky Star – Cineclube de Braga“, o “My Two Thousand Movies” e “A Comuna” associaram-se nestes tempos surreais e conturbados convidando quarenta personalidades, entre cineastas, críticos, escritores, artistas ou cinéfilos para escolherem um filme inserido no ciclo “40 dias 40 filmes – Cinema em Tempos de Cólera”, partilhado em segurança nos ecrãs dos computadores de vossa casa através do blogue “My Two Thousand Movies”.
O quinto convidado é o jornalista Rui Pelejão: “Porque é um filme terrível. Lembra-me um pouco a história de um amigo meu que tem pânico em andar de avião, tal como o personagem interpretado por Richard Harris neste filme. A terapia ocupacional deste meu amigo é ver sites de desastres aéreos com as comunicações dos últimos minutos das caixas negras dos aviões.
Este filme de 1976 é terrível por isso, porque nesta época de pandemia, nos confronta com os nossos medos de uma forma crua.
Datado no tipo de produção, com um impressionante elenco de estrelas (Sophia Loren, Richard Harris, Ava Gardner, Martin Sheen, Burt Lancaster, Alida Valli, Lee Strasberg e até OJ Simpson) co-produção italiana e um realizador pouco virtuoso George P. Cosmatos (também realizou Rambo II e o filme Cobra, ambos com Sylvester Stallone), Cassandra Crossing é um filme sobre o medo e a forma como lidamos com ele, pessoal e politicamente.
Nada como um bom filme catástrofe para um domingo à noite, para expiarmos os nossos demónios e ver como neste momento a Humanidade está confinada no mesmo comboio em direção a uma Cassandra Crossing, seja ela qual for.”
Sinopse: Na sequência de um assalto à sede da Organização Mundial de Saúde em Genebra, um terrorista penetra num laboratório onde se executam perigosas experiências bacteriológicas. Contaminado por um poderoso e devastador vírus, o terrorista refugia-se a bordo de um comboio que parte em direção a Estocolmo. Assim que a sua localização é descoberta, e face ao potencial perigo de contaminação que ele representa, o comboio é desviado para a Polónia, onde deverá permanecer com todos os seus passageiros de quarentena num antigo campo de concentração. Mas a viagem vai ser particularmente acidentada, sobretudo com a incrível passagem de uma ponte perigosa.
Cassandra Crossing”, com co-produção europeia, é um espetacular e emocionante thriller de aventuras em atmosfera de filme-catástrofe sobre a acidentada viagem de um comboio transcontinental que leva a bordo um terrorista contaminado com um perigoso e devastador vírus. George Pan Cosmatos, gerindo os importantes meios postos à sua disposição por Lew Grade e Carlo Ponti, constrói um filme trepidante, pleno de suspense, que se desenrola quase inteiramente a bordo de um comboio e que assenta acima de tudo num elenco de grandes vedetas, entre elas Sophia Loren, Burt Lancaster, Ava Gardner e Richard Harris.
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Muito bom, parabéns pela postagem.
ResponderEliminarAbraço.
Vilson