quarta-feira, 10 de setembro de 2014
O Grande Prémio (Grand Prix) 1966
O piloto americano do Grand Prix Pete Aron, é despedido pela sua equipa, a Jordan-BRM depois de um acidente no Mónaco, que lesiona gravemente o seu colega de equipa, Scott Stoddard. Enquanto Stoddard luta para recuperar, Aron começa a correr para a equipa japonesa da Yamura, e envolve-se romanticamente com a ex-mulher de Stoddard.
Colocar um antigo realizador de televisão ao vivo a cargo de uma produção multi-câmeras sobre Formula 1 podia parecer um pouco arriscado, mas na realidade John Frankenheimer era a escolha ideal para este trabalho. Frankenheimer já tinha uma grande experiência a trabalhar com várias câmeras ao mesmo tempo, cumprindo prazos rígidos, e uma experiência a filmar ao primeiro take - tudo obrigatório para qualquer gestor de uma equipa no mundo de caos da televisão ao vivo. Adicionar a isto um talento especial para trabalhar com actores de múltiplas gerações, e um sentido visual maravilhoso, e temos, talvez, o único realizador que poderia equilibrar acção, drama, egos, e ao mesmo tempo tempo equilibrar com o seu gosto pessoal por carros rápidos.
Desde muito novo que Frankenheimer adorava carros, e havia poucos filmes que conseguiam capturar a beleza das máquinas em movimento, os detalhes fetichistas das entranhas de um carro de corrida, e o poder do perigo e da velocidade. Talvez aqui o filmes mais forte seja "Le Mans", de Lee H. Katzin, com um design minimalista (virtualmente sem diálogo), mas "Grand Prix" aproxima-se mais das emoções das corridas, do que qualquer outro filme.
As montagens sonoras são excelentes, os técnicos de som capturaram o barulho dos motores, e as mudanças de som de cada veículo, em harmonia com uma sensação de docu-drama, algumas sequências de corrida são acompanhadas com música. Ganhou três Óscares de Hollywood, Som, Montagem, e Efeitos Sonoros.
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