quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Night Has a Thousand Eyes (Night Has a Thousand Eyes) 1948
Um mentalista (Edward G. Robinson) descobre que tem poderes psíquicos legítimos, e fica assustado ao saber que pode prever acontecimentos trágicos. Quando ele prevê a morte, violenta e iminente de uma jovem herdeira (Gail Russell), Carson (John Lund), o namorado preocupado, suspeita que o mentalista pode ser o criminoso - mas Robinson continua determinado a proteger Russell, a qualquer custo.
Este pequeno thriller de série B (dirigido por John Farrow, o pai de Mia Farrow) é um valente soco no estomago, oferecendo muito suspense e tensão nos seus cerca de 80 minutos. Edward G. Robinson é extremamente simpático como um psíquico inconsciente, que prefere não ser capaz de ver o futuro, e que resiste à exploração a qualquer custo - na verdade, ele é, essencialmente, um herói trágico, já que os seus poderes lhe custaram a noiva (Virginia Bruce), a integridade (ninguém acredita nele), e qualquer hipótese de ter uma vida normal e feliz. Gail Russell (alguma actriz tem os olhos mais expressivos?) interpreta uma herdeira com muito para pensar, e em quem nós tememos pela sua segurança. A fotografia de John Seitz a preto e branco adiciona ao filme uma rica atmosfera, onde podem faltar muitos dos tons cinzentos do filme noir, mas tem igualmente um conteúdo sombrio.
A direcção de John Farrow neste filme é bastante elegante, embora este tivesse insuficiências no argumento, especialmente no seu último terço. Apesar de Edward G. Robinson, mais tarde, não ter falado deste filme na sua própria autobiografia, a qualidade do seu desempenho foi apontada como notável por muitos críticos da época. Nesse mesmo ano Robinson teve outros dois dos seus mais notáveis papéis, como o gangster Johnny Rocco em Key Largo (1948, John Huston) e como o industrial Joe Keller, na peça de Arthur Miller, All My Sons (1948, Irving Reis). Com uma carreira tão notável, Edward G. Robinson nunca foi nomeado a um Óscar, tendo apenas ganho um honorário, depois da sua morte.
Por esta altura, em Hollywood, não se faziam filmes de terror. Este era o que mais próximo se poderia considerar. As legendas do filmes (em português) não estão muito boas, por isso coloquei-as em anexo. Podem assim vê-lo com ou sem legendas.
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