sábado, 12 de outubro de 2019

Alois Nebel (Alois Nebel) 2011

No final dos anos 80, Alois Nebel trabalha como despachante na pequena estação ferroviária de Bílý Potok, uma pequena localidade na fronteira entre a Polónia e a Checoslováquia. Ele é um homem solitário que prefere as tabelas de horários dos comboios às pessoas, e que encontra tranquilidade na solidão da estação – excepto pelo nevoeiro que invade o lugar. Quando isso ocorre, ele entra em estado alucinatório e vê os comboios dos últimos cem anos passarem pela estação, trazendo fantasmas do sombrio passado da Europa Central. Alois não consegue livrar-se desses pesadelos e acaba internado num sanatório. Lá ele conhece o Mudo, um homem que foi preso pela polícia depois de cruzar a fronteira e carrega consigo uma antiga foto. Ninguém sabe por que ele veio para Bílý Potok ou o que ele procura, mas é o seu passado que impulsiona Alois na sua jornada. 
De acordo com o realizador, o checo Tomás Lunák, ao adaptar esta novela gráfica para o grande ecrã, a  sua principal inspiração foi "Sin City". mas enquanto isto poderia soar a um apelo ao público da moda, "Alois Nébel" não poderia ter sido mais diferente, um exemplo sinistro da desconfiança entre os europeus orientais na queda do comunismo, e um homem apanhado no meio desta situação, sendo uma personagem marginalizada. 
Naturalmente, com uma tradução tão específica de um lugar e um tempo, ajuda se o público estiver familiarizado com a política e a agitação checa, porque o realizador recusa-se a dar-nos os factos que estão por trás de tanta agitação. Um óptimo filme de animação.

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