terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Cliente Morto Não Paga a Conta (Dead Men Don't Wear Plaid) 1982

Juliet Forrest (Rachel Ward) está convencida de que a morte reportada do seu pai, num acidente de carro na montanha, não foi um acidente. O pai era um famoso cientista de queijos, que trabalhava numa receita secreta. Para provar que aconteceu um crime, ela contrata os serviços do detective privado Rigby Reardon (Steve Martin). Este encontra um pedaço de papel com uma lista de pessoas intitulado "os amigos e inimigos de Carlota". Ao procurar respostas vai esbarrar com homens e mulheres perigosos, que eram as marcas dos filmes de detectives clássicos dos anos 40 e 50. 
O realizador Carl Reiner (que escreveu o argumento com George Gipe e Steve Martin) faz uma autêntica homenagem ao film noir, e dá a este filme um toque muito especial, integrando na acção clips de 18 filmes dos anos 40 e 50. Um exemplo, Humphrey Bogart, como Marlowe, aparece como o assistente arruinado de Reardon, incluindo cenas reais de filmes como In a Lonely Place, Dark Passage, ou The Big Sleep. Ao longo do filme, e por trás dos ombros das nossas personagens, vão aparecendo actores como Alan Ladd, Ray Milland, Burt Lancaster, Barbara Stanwyck, Cary Grant, Ava Gardner, Ingrid Bergman, James Cagney, e Bette Davis, que parecem interpretar ao lado dos protagonistas de hoje em dia.
"Dead Men Don't Wear Plaid" funciona melhor para quem conhece de raíz o movimento do film noir. Steve Martin tem um desempenho de alto nível, Rachel Ward era uma estrela em ascenção, na sua terceira longa metragem, e dá ampla evidência da sua beleza e talento. A montagem de Bud Molin e a fotografia de Martin Chapman também merecem elogios pelo seu esforço hercúleo em misturar pedaços de filmes antigos, com filmagens novas. 

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