terça-feira, 2 de agosto de 2016

A Rosa Tatuada (The Rose Tattoo) 1955

Uma viúva obcecada com a morte do marido (Anna Magnani) enclausura-se e afasta qualquer possibilidade de retomar a sua própria vida, levando a filha consigo no seu martírio. Quando menos espera, um camionista italiano desperta novamente a sua paixão adormecida, enquanto a filha descobre a sexualidade à própria maneira. 
Ana Magnani foi a musa do dramaturgo Tennessee Williams durante muitos anos, sendo eles amigos de longa data com Williams a escrever pelo menos três peças para ela. "The Rose Tattoo" foi escrito expressamente para Magnani, e apesar dela não ter entrado na versão teatral da Broadway, entrou no filme, tendo ganho com ele o seu único Óscar. Era o segundo Óscar que Williams proporcionava ás suas actrizes, depois de Vivien Leigh ter vencido em "Um Eléctrico Chamado Desejo".
Algures entre os trabalhos que colocaram Williams no mapa, "A Streetcar Named Desire" (1951) e "The Glass Menagerie" (1950), e as versões para cinema de "Cat on a Hot Tin Roof" (1958) e "Suddenly Last Summer" (1959), este filme oferecem-nos variações dos seus temas habituais como a opressão familiar, o amor proibido, o luto, o alcoolismo e a loucura.
Tal como outras personagens de luto na obra de Williams, Serafina está obcecada com a beleza do seu sofrimento, com o seu amante morto a ser idolatrado de todas as perspectivas. Este amante morto, aparece muitas vezes na obra do dramaturgo, como o Fred de "Night of the Iguana", o Sebastian de "Suddenly Last Summer" ou até mesmo em "Cat on a Hot Tin Roof". Serafina está condenada a lamentar o seu homem perdido na forma do marido. Na sua mente ele foi congelado em algum ponto da juventude viril.
Daniel Mann era o homem atrás das câmaras.

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