Este filme poderia nunca ter sido feito se o músico e ex-Beatle George Harrison não tivesse fornecido o dinheiro necessário para produzir o filme através de uma produtora criada de propósito para o efeito, a Handmade Films ltd. Os Monty Phyton passaram por dificuldades financeiras depois da produção de "The Monty Python and the Holy Grail", uma paródia das lendas arturianas.
Os intervenientes não esconderam a polémica que esperavam do filme, quando da sua estreia em 1979 e enfatizaram a provocação em slogans como: "See the movie that´s controversial, sacrilegious and blasphemous. But, if that´s not playing see Life of Brian". Tal como um crítico observou, apesar do facto do cristianismo ser apenas a terceira religião com mais seguidores do mundo, os cristãos parecem ser os críticos mais barulhentos do cinema moderno, e mostraram o seu ponto de vista em voz alta. Foi banido na Noruega no primeiro ano de lançamento, Itália baniu o filme até 1991, na Irlanda até 1990.
Nos Estados Unidos líderes religiosos de várias religiões fizeram piquetes e protestaram contra a exibição dele em várias cidades, principalmente no Sul, e protestaram igualmente contra a distribuidora do filme, a Warner Bros. Os seis membros dos Monty Phyton foram chamados de pagãs, hereges, ateus entre outras coisas.
Tomei contacto com o humor nonsense deste talentoso grupo por volta de 1973 (?) quando a RTP começou a exibir a série Monty Python's Flying Circus na programação do período de emissão da hora do almoço e desde aí fiquei "cliente certo". Curiosamente por cá (apesar de problemas com outros fimes que tinham como temática os dogmas da religião católica) não me recordo de ter havido contestação... talvez por na altura (1980) ainda beneficiarmos do espírito de abertura cultural que surge com o 25 de Abril de 1974. Quanto ao contributo de George Harrison, desconhecia e aumentou assim a minha admiração pelo genial músico inglês
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