"E Deus Criou a Mulher", realizado por Roger Vadim, contava com Brigitte Bardot, a "fantasia de todo o homem casado" no papel de uma orfã de 18 anos que se torna numa mulher sexy e amoral de um homem e o objecto de desejo para dois outros. Trabalhando numa banca de jornal e a viver em St. Tropez com um casal que ameaça mandá-la de volta para o orfanato se ela não aceitar em mudar o seu comportamento em relação aos homens, sobre quem exerce um grande poder de atração.
"E Deus Criou a Mulher", de Roger Vadim, juntou-se a "L'Amant de Lady Chatterley" de Marc Allégret, e "Les Amants" de Louis Malle, numa série de filmes que forneciam ao público americano novas formas de visão artística e sensualidade nunca antes vistas em produções de Hollywood. Ainda mais importante, a sua popularidade levou a que mais filmes que tratavam da sexualidade humana a um nível mais adulto, e por sua vez a um maior número de desafios que iriam parar aos tribunais, trazendo mais vitórias para o cinema.
Foi desafiado pela Legião de Decência em todas as cidades onde foi distribuído, mas mesmo assim conseguiu obter licenças em estados como Nova Iorque, Maryland e Virginia. Apesar dos protestos foi exibido em várias outras cidades nos estados de California, Illinois, Kentucky, Missouri, Ohio, Oregon, Pensilvânia, Texas e Washington. Na cidade de Filadélfia teve muitos problemas, foi proibido de acordo com uma lei que poderia considerar ilegal qualquer filme que fosse "lascivo, sacrílego, obsceno, indecente ou de natureza imoral", e de acordo com os padrões da cidade o filme preenchia 4 dos 5 requisitos. O aviso alertou os proprietários dos cinemas que exibirem o filme poderia resultar na sua prisão e apreensão do filme. A distribuidora, a Kingsley International, levou o caso a tribunal, numa luta bastante disputada, acabando por vencer contra a cidade de Filadélfia.
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