Robert Sherwood originalmente escreveu "Idiot´s Delight" como uma peça de teatro que ganhou o prémio Pulitzer em 1936, e se tornou na base para o último filme anti-guerra feito pelos estúdios da MGM antes do início da Segunda Guerra Mundial na Europa. O filme passa-se num pequeno hotel italiano perto da fronteira com a Suiça, que repentinamente entra em actividade quando o governo italiano fecha a fronteira e lança um ataque aéreo de surpresa a Paris para iniciar a Segunda Guerra Mundial - uma filosofia perpicaz de Sherwood. O hotel, antes pacífico, de repente enche-se de pessoas que querem passar a fronteira para a Suíça. O mix de personagens incluí: um cientista alemão, um artista americano que viaja com seis coristas, um jovem casal inglês em lua de mel, e um fabricante de armas americano com a sua amante, que pode ou não ser russa. A fuga da guerra irá mudar a vida de todas estas personagens.
A história por detrás deste filme demonstrava o medo que Hollywood tinha em fazer declarações politicamente fortes e expunha até que ponto um filme podia ser censurado antes do seu lançamento. Os críticos tinham acusado em 1936 que a peça não era apenas anti-guerra mas também anti-italiana nas suas numerosas referências à incompetência da Itália moderna. No início de 1936 tanto a Warner Bros como os Piorneer Studios tinham expressado interesse em transformar a peça em filme, ao que o PCA tentou desencorajar expressando que o filme poderia não ser bem aceite no exterior e poderia causar represálias da Itália e dos seus aliados contra a indústria de Hollywood, porque o filme tinha muitas críticas contra o fascismo e o militarismo. Mesmo com a pressão do embaixador italiano contra a MPPDA seria a MGM quem avançaria para a produção do filme já em finais de 1936.
Seguiram-se 15 longos meses de negociações com o governo italiano para conseguirem autorização para o filme, o embaixador queria que o filme não tivesse ligação com a peça original e não contivesse ofensas aos italianos, e também que o título do filme fosse diferente da peça e que as cópias que fossem circular em Itália não tivessem referências a Sherwood. O produtor insistiu que o filme mantivesse do sentimento anti-guerra original, mas também prometeu que seria uma história de amor e não uma declaração antifascista e para apaziguar Sherwood e persuadi-lo a transformar o seu protesto politico numa ardente história de amor, a MGM explicou-lhe a importãncia de manter o mercado interno.
Um novo argumento estava pronto em 1938, e enfatizava a história de amor entre Irene e Harry, mudando o cenário para um país sem nome da Europa Central, mudando também a linguagem de italiano para esperanto. O governo italiano aprovou o projecto depois de Benito Mussolini ter aprovado o argumento, mas depois de estreado os críticos criticaram muito Hollywood por ter feito mudanças tão drásticas para acalmar os italianos, e por outro lado, mesmo depois de todas estas mudanças, alguns países recusaram na mesma o filme, como Espanha, França, Suiça e Estónia.
Legendas em Espanhol.
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