quarta-feira, 16 de junho de 2021

O Sinal da Cruz (The Sign of the Cross) 1932

 "O Sinal da Cruz" é adaptado de uma peça de Wilson Barrett, e apresenta uma perspectiva da perseguição do Imperador Nero aos cristãos. Cecil B. DeMille cria um espectáculo maciço no filme, contatando 4 mil extras e construindo um modelo de Roma em miniatura. Também ordenou a construção de um anfiteatro onde colocou dezenas de animais tirados de zoos locais. O cenário é o ano de 64 e Roma está a arder. Circulam rumores de que foi Nero que começou o fogo, mas ele pretende culpar os cristãos por toda esta devastação. 
Cecil B. DeMille tornou-se num dos mais famosos realizadores a escapar aos censores, e uma boa parte da sua fama veio deste filme, onde segundo ele "uma legião de seguidores da igreja podia sentir a sua libido estimulada desde que os pecadores fossem punidos no final por um anjo vingador". A mistura de pecado e sensação significou que os censores não apontaram algumas cenas que noutros filmes seriam apontadas, como por exemplo uma cena onde uma mulher nua é amarrada numa arena para ser violada por um gorila. Os censores estaduais eram menos premissivos, e foi este e uma série de outros filmes que levaram a que fosse criada a Catholic Legion of Decency (LOD), e levou a que a fosse criado o mais resstrito PCA.
Jason Joy, do SRC, aprovou o argumento com apenas algumas reservas, no entanto avisou que os censores locais poderiam ter outra visão sobre o filme. Depois de estreado, a Paramont recebeu uma série de cartas de grupos católicos a criticarem o filme, e depois de ter sido criado o PCA que reclassificava todos os filmes, "The Sign of the Cross" foi considerado dos mais ofensivos, e por isso, retirado da circulação. A cópia original foi seriamente cortada, mas foi recuperada recentemente pela UCLA Film and Television Archive.

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