Do quarto dos fundos de um bordel, o bandido conhecido como Rainha Diaba controla a distribuição de drogas na cidade. Ao saber que um de seus homens está prestes a ser preso, resolve fabricar um novo bandido para enganar a polícia.
"A Raínha Diaba" é o segundo filme de António Carlos da Fontoura, seis anos anos depois do sucesso de crítica e bilheteira "Copacabana Me Engana", e fazia uma mudança total de tema e estilo visual, é sobre uma traficante do submundo do Rio de Janeiro, interpretada por Milton Gonçalves, e que por acaso é negra, gay, poderosa, vingativa e extremamente violenta.
Foi um dos primeiros filmes brasileiros a lidar, num estilo expressionista e não realista, com a então niva realidade do trafico de droga organizado em larga escala, nas favelas do Rio de Janeiro, a caminho do que se iria tornar o negócio incrivelmente sangrento e violento que é hoje. O aspecto mais marcante é mesmo o tratamento visual com as suas cores gritantes, mas não podemos esquecer dos cenários e figurinos alucinantes de Ângelo de Aquino.
O filme foi exibido na Quinzena dos realizadores do Festival de Cannes de 1974, e fez também muito sucesso no circuito dos festivais.
Deve ser dito também que o filme é notável por ser o personagem titulo inspirado na figura de Madame Satã, figura do submundo carioca, e também por ser um roteiro original do dramaturgo Plínio Marcos, autor de "navalha na carne" e "dois perdidos numa suja", obras que já haviam sido adaptadas para o cinema por Braz Chediak.
ResponderEliminarUm ótimo filme. Apenas uma observação: O filme é estrelado por Milton Gonçalves e não Milton Nascimento (não consigo nem imaginar o cantor Milton Nascimento interpretando um traficante mau. rsrsrs)
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