quarta-feira, 17 de junho de 2020

O Filho que não Existiu (Los peces rojos) 1955

Numa noite de tempestade, Hugo e Ivón chegam a um hotel em Gijón acompanhados do filho do primeiro.Saem para ver o mar revolto e, pouco depois Ivón regressa a pedir ajuda porque o jovem foi levado pelo mar. Como o corpo não aparece, um comissário encarrega-se do caso.
Um excelente exemplo do film noir espanhol, que apesar das boas interpretações de Arturo de Córdova e Emma Penella, não foi bem recebido, nem pelo público, nem pela crítica. Um golpe que afectou a carreira do realizador, José Antonio Nieves Conde que tinha tido um grande impacto com "Surcos" (1951) e do argumentista Carlos Blanco, conhecido pelo seu trabalho com José Luis Sáenz de Heredia, para quem escreveu outro noir, "Los ojos dejan huellas" (1952), também interpretado por Emma Penella.
Nieves Conde deu ao enredo uma estética visual expressionista que gerou situações de grande força, enquanto Blanco escreveu um argumento complexo, repleto de decepções e pretensões, optando por romper com a linha cronológica dos acontecimentos. Longe de ser mais um film noir convencional, a história ganha em originalidade os ecos de um personagem fictício que se volta contra o seu criador e ganha densidade graças a um herói sofredor.
Legendas em inglês.

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