O "Vale do Inferno" é uma pedreira na zona rural de França, e quando o seu chefe casa com a filha rebelde do seu falecido melhor amigo, ela começa a despedaçar a sua família. Começa pelos mais velhos.
"Le Val D'Enfer" foi o quarto de cinco filmes que Maurice Tourneur fez para a Continental, todos eles compreendidos entre 1941 e 1944, e é facilmente um dos seus filmes mais obscuros, com o seu ambiente negro a reflectir a era em que foi feito. O filme possui um respeitável elenco com uma série de estrelas já estabelecidas no panorama do cinema francês da altura, como Ginette no papel principal. A personagem de Leclerc é, de facto, muito venenosa e demonstra uma total falta de humanidade e compaixão enquanto destrói a vida de cada pessoa que lhe oferece ajuda e atenção. Nem é necessário dizer que o filme afectou também muito negativamente a imagem da actriz.
Em parte devido ao resultado do filme ter sido rodado em exteriores, numa pedreira verdadeira, tem um sentido de realismo diferente da maioria dos filmes da altura. As interpretações naturalistas e a fantástica fotografia fazem a história ficar muito absorvente. A presença de regulares de Marcel Pagnol como Edouard Delmont e Charles Blavette dão ao filme uma autenticidade quase neo-realista.
Ironicamente, Leclerc, pela associação com a Continental, seria presa depois da Libertação, e como resultado, nunca mais teria um papel importante no resto da carreira. Além deste filme, ela seria também protagonista de "Le Corbeau", um outro filme da Continental mal compreendido.
Legendas em inglês.
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