segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

L'Assassin Habite... au 21 (L'Assassin Habite... au 21) 1942

O Inspector Wens investiga o caso de um serial killer que deixa um cartão de visita para as suas vítimas: Monsieur Durand. Quando o Inspector recebe uma pista de que o assassino mora numa pensão resolve infiltrar-se na pensão com a namorada, que só deseja ser famosa para ser cantora, e começa a investigar os outros inquilinos. Um suspeito é preso, mas o assassino continua a matar...
A primeira longa metragem de Clouzot é um filme de um suave contraste com os thrillers carregados de suspense que ele é melhor conhecido, como "Les Diaboliques" ou "Le Salaire de la Peur", e um excelente exemplo do que era conhecido como o "polar" nos anos 40.
"L'Assassin Habite au 21" é um thriller "whodunit" que apesar de ser mais leve que os filmes de Clouzot posteriores, ainda contém alguns elementos perturbantes, e uma técnica surpreendentemente madura e efectiva para alguém que estava ainda a fazer o seu primeiro filme, principalmente por causa dos primeiros cinco minutos, que contêm alguns momentos emocionantes e chocantes. 
Nota-se claramente que viria a ser uma influencia importante para o film noir americano, particularmente na iluminação da atmosfera e na fotografia. Pierre Fresnay repete o seu papel de Inspector Wens, do filme anterior "Le Dernier des Six", que Clouzot igualmente escreveu. Suzy Delair também regressa no papel da namorada de Wens, Mila Milou.
Os censores em tempo de guerra (dos Nazis e do público em geral) foram talvez o factor mais importante para determinar o ambiente do filme. Poderia ter sido um thriller psicológico bem mais obscuro, como aconteceu no seu filme seguinte, "Le Corbeau", mas em vez disso Clouzot optou por uma abordagem mais leve, com algum humor que parece aumentar em vez de aliviar a tensão, com alguns personagens a parecerem algo cómicos no inicio, mas que acabarão por se tronar personagens sinistras.
Legendas em português.



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