sábado, 20 de abril de 2019

Shirley, Soldado da Índia (Wee Willie Winkie) 1937

Priscilla Williams (Shirley Temple) e a sua mãe Joyce (June Lang) viajam para a Índia, para conhecerem o avô britânico de Priscilla, e o sogro de Joyce. O avô Williams é um coronel do exército britânico e está encarregado de comandar a ocupação britânica (e civilização) de um território sikh. Nenhum deles conheceu o outro, por isso a reunião é antecipada com entusiasmo e curiosidade, principalmente para Priscilla, que é uma criança, por isso ingénua para os confrontos entre as culturas britânicas e indiana, mas, por acidente, faz amizade com o líder da resistência indiana.
Um dos filmes menos conhecidos de John Ford, e ao mesmo tempo um dos melhores filmes de Shirley Temple, baseado na história de Rudyard Kipling sobre uma jovem que viaja à India para conhecer o avô, e acaba por se tornar intrínseca à paz entre os indianos rebeldes e os militares imperialistas britânicos. É um filme surpreendentemente envolvente, que vai muito para lá do estigma de um "filme de Shirley Temple". E destaca-se como um dos filmes mais subestimados de Ford. 
John Ford e Shirley Temple são uma combinação perfeita. As míticas sensibilidades emocionais do estilo de Ford funcionam bem com a ingenuidade dos filmes de Shirley Temple. Priscilla não sabe de política, mas sabe o suficiente para perceber que Kahn não quer magoar ninguém, e o Coronel Williams também não quer. Então porque lutam?
Victor McLaglen rouba o filme como o amável sargento MacDuff, que chora quando Priscilla admira um retrato dele em criança. A química entre os dois era tão grande, dentro e fora da tela, que Ford voltaria a reuni-los 11 anos mais tarde, em "Fort Apache". 

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