segunda-feira, 8 de abril de 2019

Peregrinação (Pilgrimage) 1933

Numa quinta do Arkansas, vivem Hanna Jessop e o seu filho Jim. Hanna é extremamente possessiva e opõe-se ferozmente ao namoro de Jim com uma rapariga da vizinhança, Mary. Um dia, Jim participa à mãe a sua vontade de casar. Hanna dirige-se à comissão de recrutamento da aldeia e comunica a sua vontade de que o filho seja incorporado para os contingentes que partem para a frente de batalha em França (corre a Primeira Guerra Mundial). Ao partir, Jim sabe que deixou Mary grávida.
Este filmes dos Estúdios Fox, pelo sempre prolífico John Ford, é notável por apresentar dois factos opostos. Primeiro por mostrar as Gold Star Mothers, um organização que se reuniu pela primeira vez em 1928, e que tinha como objectivo apoiar as mães dos soldados mortos durante a Primeira Guerra Mundial. Depois por apresentar uma mãe terrivelmente má, mas que no final irá sofrer uma enorme transformação graças a uma série de eventos notavelmente coincidentes. 
Ford dirige com uma mão segura uma Henrietta Crosman, uma actriz  veterana do teatro que entrava aqui apenas no seu segundo filme com som. A sua culpa supera a dor, e no entanto isso torna-a mais malvada do que nunca. Só quando vai para França numa peregrinação com outras Gold Star Mothers é que ela consegue lidar com a sua perda. 
Um filme difícil de ser visto, e um dos menos conhecidos deste período da carreira de John Ford.

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