segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Beija-me, Idiota (Kiss Me, Stupid) 1964


O cantor Dino  (Dean Martin), depois de terminar uma temporada em Las Vegas, vai para a estrada para participar num programa especial de TV. No entanto, no meio da viagem tem de mudar de direção porque houve um acidente e a estrada está bloqueada. Desta forma terá de passar por Climax, Nevada, uma pequena cidade onde mora Orville J. Spooner (Ray Walston), um professor de piano clássico muito ciumento pela sua mulher, Zelda (Kim Novak). Como a vida a dar aulas de piano é difícil, ele com o amigo Barney, estão a tentar escrever uma canção que seja aceita por algum grande cantor. Quando Dino chega à cidade, a dupla vê a oportunidade que esperava.
Farsa sexual de máscaras e maquinações produzida e realizada por Billy Wilder, que também co-escreveu o argumento com I.A.L. Diamond. Tudo funciona de forma mais ou menos brilhante, com uma complicada estrutura de trocas de identidade, baseado numa peça de teatro italiano escrita por Anna Bonacci. A fotografia a preto e branco widescreen é elegante, colocando os personagens em longos e espirituosos shots.
Apesar de hoje ser visto de forma diferente pelo críticos e historiadores, foi na altura um dos vários fracassos críticos e de audiência que mancharam a carreira de Billy Wilder. O público resistiu à abordagem sincera do filme, e à moral cínica, mas é a simplicidade do filme que o faz uma obra memorável. É um precursor de filmes americanos como "Happiness" de Todd Solondz e "Your Friends & Neighbours", de Neil LaBute.

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