Ao tentar reservar um voo para Munique e depois de descobrir que todos os voos com destino à Alemanha ficaram no chão por causa de uma greve dos controladores, Winter conhece uma alemã no balcão das passagens. Ela não fala inglês, e ele resolve ajudá-la. Esta mulher chama-se Lisa (Lisa Kreuzer) e tem uma filha chamada Alice (Rottländer). Os três tornam-se amigos (quase por necessidade) e quando a mãe pede a Winter que tome conta da filha temporariamente, fica evidente que Alice ficará na responsabilidade de Winter por mais tempo que era esperado. Depois de regressarem à Europa a amizade inocente entre os dois cresce, enquanto viajam juntos pela Europa em busca da avó desaparecida de Alice.
O que é incrível no filme é o seu ar inocente. Não há um pingo de condenação ou suspeita sobre o duo central, mas sim uma representação calorosa, mas completamente não sentimental, de dois seres estranhos a entenderem-se e a gostarem um do outro. Winter gradualmente esquece a sensação de falta de sentido que o enfraquece porque Alice o expõe a um novo sentido de vida.
Filmado em 16 mm a preto e branco, a imagem é granulada e paradoxalmente quente. Wim Wenders e Robby Muller, o seu director de fotografia do início de carreira têm um senso vital de lugar, e estão sintonizados com cada nuance das expressões das personagens. É um retrato de um mundo que está mergulhado no potencial de ligações entre os seres humanos, um mundo cheio de possibilidades.
Legendas em Inglês.
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