sábado, 24 de novembro de 2018

O Tempo Que Resta (Le Temps Qui Reste) 2005

Romain é um jovem fotógrafo de moda. Com um apartamento moderno, uma relação estável e uma carreira em ascenção, nada parece faltar-lhe. Até que, durante uma sessão de fotografia, desmaia subitamente. Os receios de ter contraído a SIDA são assombrados por um diagnóstico ainda mais brutal: um cancro, em fase avançada e terminal. Com três meses de vida estimados, Romain terá que se confrontar com a sua vida... e com a sua morte. Conseguirá Romain encontrar paz interior no derradeiro momento...? Ou acabará por sucumbir a uma espiral de negação e auto-destruição?
Escrito e realizado por François Ozon, " Le Temps qui Reste" é a história de um fotógrafo da moda, de sucesso, que está prestes a morrer de um tumor no cérebro. Alienando todos na sua vida, incluindo o namorado, volta-se para a sua avó e uma empregada de mesa para reflectir sobre a vida. O que temos depois é uma reflexão sobre o mundo da morte, quando jovens enfrentam o que é inevitável.
 Francois Ozon estuda o mundo da morte do ponto de vista de um jovem de 31 anos, e em vez de criar uma história melodramática procura um estudo cínico e realista de um jovem que lida e aceita o seu destino. Ozon poderia transformá-lo numa personagem trágica, mas, em vez disso, prefere mantê-lo como uma personagem comum. Um personagem que é defeituoso como todos os outros que entram numa jornada emocional e existencial. 
Ajudando-o na parte visual está a directora de fotografia Jeanne Lapoirie, que já anteriormente tinha colaborado com o realizador e um elenco bastante trabalhador. Um destaque especial para Melvin Poupaud no papel principal e Jeanne Moreau no papel da avó, numa das suas últimas participações em longas metragens. 
Filme escolhido pela Lília Lopes.

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