quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Mamma Gógó (Mamma Gógó) 2010



Mamma Gógó é uma senhora idosa a quem é diagnosticada Alzheimer. O filme parte da reação da família em relação à descoberta da doença, enquanto o filho, realizador de cinema, luta de todas as formas para poder ajudar, mas passa por dificuldades financeiras depois do fracasso comercial do seu último filme: "Filhos da Natureza".  Gógó vai piorando dia após dia, e a família apercebe-se da necessidade de uma enfermeira lá em casa.
"Mamma Gógó" é um filme semi-autobiográfico, escrito e realizado por Friðrik Þór Friðriksson, tendo sido o filme Islandês a ser submetido à 83ª edição dos Óscares, na categoria de Melhor Filme em língua estrangeira. Conta com uma interpretação de grande qualidade da actriz principal, Kristbjörg Kjeld, uma islandesa veterana que já passou por vários filmes deste ciclo, como "O Riso da Gaivota", "Hafio", "Cold Light", mas este é claramente o papel da sua vida. Consegue lidar com a comédia e o drama ao mesmo tempo, de forma brilhante. Contracenando com ela, e igualmente em grande forma, encontramos Hilmir Snær Guðnason, actor não muito reconhecido internacionalmente, mas que já desde o ano 2000 vinha a entrar em quase todos os filmes islandeses, quer em papéis principais, ou secundários. Anualmente eram feitos muito poucos filmes islandeses, por isso era normal os actores repetirem-se em várias obras, já que também não havia muitos actores de cinema. Os Edda Awards, que eram os prémios mais importantes lá do sítio, nunca tinham mais de 3/4 filmes nomeados por ano. 
"Mamma Gógó" demonstra o lado trágicómico do Alzheimer, e os conflitos e dificuldades dos seus familiares são retratados de uma única forma, na relação entre mãe e filho. Simultaneamente Friðriksson satiriza o ambiente político da sociedade, que afectou a produção do seu filme, para o pior e para o melhor.
Alguns detalhes a ter em conta, a repetida aparição do marido morto, interpretado por Gunnar Eyjólfsson, e também a utilização de cenas do filme "The Girl Gogo"(1962), em que contracenam Kjeld e Eyjólfsson nos seus tempos de jovens. É um dos filmes Islandeses mais importantes de sempre, mas não cabia neste ciclo.
Este filme ganharia o prémio da audiência no Féstroia de 2011.

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