terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Caça (Cruising) 1980



Steve Burns é um jovem detective que acaba de receber ordens do Capitão Edelson para resolver o caso de uma série de assassinatos brutais que estão a aterrorizar a comunidade gay de Nova Iorque. Com o seu aspecto, moreno de olhos e cabelos escuros, Steve encaixa no perfil das vítimas, mas terá de aprender e praticar as complexas regras desta subcultura para conseguir atrair o assassino...
Já passaram mais de 30 anos desde que este filme fracassou nas salas de cinema, quando estreou, mas desde então a crítica ao filme deu uma reviravolta de 180 graus. Em 1980 a imprensa homossexual criticou o filme violentamente por apresentar um retrato negativo da vida gay. No entanto, nos anos mais recentes, o filme tem sido visto como uma visão pro-gay, tendo sido injustamente criticado e estigmatizado na data da sua estreia, apesar das boas intenções estarem presentes. Porque nada mudou sobre o filme nos últimos 30 anos este foi reavaliado, por causa das mudanças culturais no seu país.
Hoje, os principais pontos de vista culturais são totalmente diferentes da década de oitenta, quando Ronald Reagan entrava pela primeira vez na Casa Branca e a sida ainda era uma doença desconhecida por esse mundo fora. Alguns dizem que eram tempos melhores, outros dizem que era uma época repressiva, conservadora, que suprimia os grupos minoritários e reprimia a expressão humana.
Como filme "Cruising" é notável, mergulhando no homo eroticismo que quase nunca é visto nos filmes de hoje. William Friedkin gozava do sucesso de "The French Connection" e "O Exorcista", e tinha uma estrela maior no elenco, Al Pacino. Mesmo assim, a sexualidade não filtrada transpira por todos os poros, recusando-se a refinar ou coíbir os detalhes da vida gay dos anos 70. Foi chocante na altura, e é chocante agora, não no sentido ultrajante, mas pela sua franqueza documentarista.

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