terça-feira, 26 de agosto de 2014

Os Argonautas (Jason and the Argonauts) 1963



Jason tem sido profetizado para assumir o trono de Tessália. Quando salva Pélias de se afogar, não reconhece nele o homem que anos antes matou o seu pai, e segue o seu conselho de para viajar até Colchis e encontrar o lendário Velo de Ouro. Jason monta uma equipa para velejar com os melhores homens gregos, incluindo Hércules. Estão sobre a protecção de Hera, raínha dos Deuses, e a viagem estará repleta de batalhas épicas...
Primeira tentativa de abordar o mito grego pela equipa de produção de Ray Harryhausen e Charles H. Schneer, que manteve a chama do cinema fantástico e as artes dos efeitos especiais vivas, durante algumas décadas. Com argumento escrito por Beverley Cross, que mais tarde viria a trabalhar em "Clash of the Titans" para este duo, e Jan Reed, e destaca-se entre os filmes do canon Harryhausen com a narrativa mais forte. O filme distingue-se pela sua descrição quase naturalista de tempo e lugar, nos lugares autênticos onde foi recriado o passado distante.
Visual e conceitualmente adere aos aspecto do modelo que Nathan Juran tinha estabelecido na sua primeira colaboração com Harryhausen, em "The 7th Voyage of Sinbad (1958)", expandindo algumas dessas idéias, como o duelo final dos esqueletos, mas o realizador Don Chaffey rejeitou o tom juvenil desse filme, a favor de uma obra mais ousada, de tom mais negro. Chaffey que mais tarde viria a pertencer à escola da Hammer, embora na sua vertente mais lúdica. Foi dele um dos filmes mais caros e de maior sucesso desta produtora, embora não fosse um filme de terror,  One Million Years B.C.(1966), que também se valeu dos efeitos especiais de Harryhausen. Argonautas captura a cultura que vê a eternidade em cinzas, e onde o mar se levanta em glória personificada, os vestígios dos templos abrigam as vontades dos deuses, e toda a esperança do mundo está pendurada nos ramos de uma árvore. Um verdadeiro marco na história dos efeitos especiais.

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