O temido bandido Cobra Verde (Klaus Kinski) é contratado pelo dono de uma plantação para supervisionar os seus escravos. O bandido acaba por se envolver com as filhas do patrão e engravida-as. Em vez de o mandar matar, o patrão envia-o para África, para um local onde é o único homem branco, e onde vai ser vítima de humilhação e tortura. Mais tarde, ele irá treinar soldados num exército rebelde. Longe de casa, Cobra Verde está à beira da loucura.
Um filme exótico e de uma grandeza épica, com espetaculares imagens, não só do Brasil, mas também dos rituais e costumes africanos, do mar, das florestas, incluindo ainda um exército de mulheres ganesas em topless. Herzog alcançou toda esta beleza por uns meros 2 milhões de dólares. Muito pouco comparado com um filme "grande" de Hollywood da altura. Infelizmente, o argumento, e as suas metáforas, não pareciam ser muito claras para ele. Herzog começa por fazer a avaliação da vida dura de um bandido brasileiro, e acaba a explorar o comércio de escravos africanos. Talvez haja uma semelhança entre estas duas atrocidades, com o fictício Cobra Verde a servir de ligação devido aos seus próprios problemas, e a ambição que o levou a fazer coisas que vão acabar por o destruir.
Seria o último filme entre Herzog e Kinski. Nunca mais voltariam a trabalhar juntos, e Kinski faleceria apenas quatro anos depois, vítima de um ataque de coração. Depois deste "Cobra Verde" Kinski só entraria em mais três filmes. Mas ainda seria recordado no documentário de Werner Herzog.
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